sábado, 9 de janeiro de 2010

MÁTÉRIA DO SITE CATRACA LIVRE

Matéria do Site Catraca Livre por Marina Mantovanini

A Coopermusp é uma cooperativa de músicos, técnicos de som, produtores, iluminadores, entre outros profissionais, de São Paulo, criada em 2006 pelas mãos de Marcos Teles. A proposta do projeto é a de auxiliar os artistas em todo o processo: desde gravar um disco até fazer a distribuição e agendar shows. Além disso, Marcos também tem a intenção de ajudar na formação profissional de jovens da periferia transformando-os em produtores, técnicos, cenógrafos, entre outras profissões “musicais”.
“Tempos atrás eu tinha um pequeno estúdio de gravação que eu emprestava para os músicos usarem, pois a maioria não tinha grana para pagar. Então, um dia pensei: por quê não fazer um estúdio “comunitário”? À princípio, eu queria gravar os grupos, dar pra cada um 100 cópias e eles sairiam vendendo ou divulgando seu próprio trabalho, mas vi que não seria viável, ficariam com os cds debaixo do braço sem ter onde tocar ou vender e só deixaria um monte de gente frustrada. Foi daí que nasceu a ideia da cooperativa,”, conta Marcos.
O formato, conhecido como cooperativa, é um tipo de associação autônoma de pessoas que se unem para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva. Assim sendo, Marcos explica como funciona a parte financeira da Coopermusp: “no começo ninguém vai tirar dinheiro do bolso para participar, só depois de receberem alguma coisa é que passarão a colaborar financeiramente com a cooperativa.”
Enquanto a sede não fica pronta – que vai abrigar os estúdios de gravação e um auditório multiuso para cursos, palestras,workshops e exibição de filmes, no Capão Redondo na zona sul de São Paulo – a Coopermusp arrecada fundos por meio de eventos para finalizar o prédio.
Já são 23 dirigentes e muitos artistas de várias regiões participando. E o mais importante é existir um projeto que supra a carência de oportunidades nessa área. Lá, a porta está sempre aberta. Como Marcos mesmo afirma: “para participar, a pessoa tem que ter boa vontade, senso de união, respeito e colaboração.”

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